|
Social, Responsabilidade Social, 3º Setor, Captação
A Primeira Infância
Boa tarde !
Onde queremos chegar ? O que nos reserva o futuro ?
Perguntas difíceis de responder, até porque para a realização de alguma coisa, seja ela qual for, dependerá com certeza de um bom planejamento, uma boa preparação e o trabalho aliado ao esforço que cada um pode oferecer.
As nações do mundo todo, independente de crenças, raças, tradições, necessidades e interesses, etc., procuram sempre fazer a preparação de uma boa base para que o futuro possa ser da maneira planejada. Esta condição, sem dúvida nenhuma, repousa em nossas crianças, já que são elas que herdarão tudo aquilo que nos envolve diretamente. Se queremos transformar, é preciso que a educação de nossas crianças seja sólida para que as gerações futuras possam ser os agentes principais desta nova realidade. Esta situação, para ser alcançada, vai depender de todos nós (pais, sociedade, instituições privadas e governo) e individualmente podemos fazer a diferença em nosso meio, catalizando a força que pode vir a transformar a realidade de cada um e formar os homens que comandarão amanhã, em pessaoas mais justas e menos egoístas.
Observando atentamente os noticiários aqui no Brasil e em vários países do mundo, é que esta base está seriamente comprometida devido a políticas públicas mal elaboradas e interesses pessoais cada vez mais expostos à opinião pública, não oferecendo subsídios para mudanças.
Nossas crianças precisam de ajuda, carinho, condições favoráveis e muito repeito, necessitam do apoio da família e comunidade para que as pessoas que comandam, regem e fazem as leis, possa olhar com mais carinho para elas, a fim de mudar um cenário que pode continuar até se acabar por completo e da pior maneira possível se nada for feito agora !
Vamos protegê-las e dar todas as condições para que tudo se transforme numa realidade melhor para todas as gerações futuras.
A entrevista abaixo dá uma idéia das necessidades de nossas crianças e de planos que as envolvem no Brasil.
Marcelo Rachid de Paula – 04/02/2009
__________________________________________________________
Primeira Infância em primeiro lugar!
Gustavo Amora é cientista político, mestre em ciência política pela Universidade de Brasília e responsável pela Secretaria Executiva da Rede Nacional Primeira Infância. Conversando com o Portal, Gustavo fala sobre o Plano Nacional pela Primeira Infância e da importância do cuidado com esta fase na vida das crianças. Confira!
O que é a primeira infância?
Gustavo Amora – Primeira Infância é o período compreendido entre o nascimento e os seis anos de idade. Há quem defenda o período de zero a oito anos, mas a maioria dos pesquisadores e instituições da área defende a primeira acepção do termo. A Primeira Infância é um período fundamental na vida do ser humano, e para isto é preciso que haja o acompanhamento por parte da família, sociedade e Estado. Isto garante em um primeiro momento o cuidado e os estímulos necessários para o bebê, e ao longo dos anos posteriores possibilita que se aprofunde o desenvolvimento da fala e da inserção em um meio social que a respeite e valorize. Os três primeiros anos de vida são os mais delicados e os que garantem saúde e desenvolvimento pleno na vida adulta. Nas discussões dentro da Rede, costumamos falar que a criança não é o futuro do país, como a maioria das pessoas costuma afirmar, mas sim o presente, ou seja, um sujeito de direitos que possui nome, história, intersubjetividade e desejos, sem falar na sua liberdade.
Qual é a importância do Plano?
Gustavo Amora – Ao longo dos últimos anos, a Rede discutiu profundamente sobre qual seria a estratégia mais eficaz para fazer com que a sociedade brasileira e suas lideranças políticas percebessem a importância da Primeira Infância. Neste meio tempo, as organizações membros da Rede fizeram questão de reafirmar a constatação de que o Brasil já possui um arcabouço legal considerável no que se refere à infância, um exemplo é o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, que é um avanço legal até quando comparado às democracias mais consolidadas do mundo. Neste momento, a Rede se fez a seguinte pergunta: “- Se já existem tantas leis que protegem a infância, porque então a realidade do país parece apontar para o seu abandono?” Neste momento é que surgiu a idéia do Plano Nacional pela Primeira Infância, onde suas principais características seriam:
- 1º Abrangência – Significa que os direitos da criança vão além daqueles tradicionalmente reconhecidos como direito à vida, segurança, educação, saúde, etc. Conforme está escrito no Plano Nacional, estamos falando de direito à convivência familiar, convivência comunitária, integridade física, psicológica e moral, direito de brincar, que implica o direito a ter brinquedos e espaço e tempo de brincar, direito à cultura etc.
- 2º – Participação Social – A Rede e, por conseguinte o Plano Nacional foram elaborados a partir de ampla participação social que incluiu segmentos da sociedade civil de dentro e fora da Rede – como é o caso desta consulta pública em que estamos discutindo com a sociedade as diretrizes do Plano. Além disso, a Rede também se compõe por alguns órgãos e entidades governamentais como o Ministério do Desenvolvimento Social, Educação, Saúde, o IBGE e etc. Deste modo, quando o Plano for apresentado ao governo, é possível que ele não seja mais uma novidade para o Executivo, o que em tese pode agilizar sua tramitação.
- 3º – Plano de Estado – A idéia de aprovar um plano de Estado é fazer com que as políticas implementadas por ele não sejam obra deste ou daquele governo, o que lhe renderia um caráter transitório e até eleitoreiro. A idéia é que o Plano seja absorvido pelas funções permanentes do Estado.
- 4º – Longa duração e aprovação por Lei – O plano deverá ter a duração de quatorze anos (2009-2022) o que irá garantir metas de curto e médio prazo e que permitirá ações efetivas e transformadoras em termos de políticas públicas. Além disso, será aprovado pelo Congresso Nacional, o que denota a discussão pluripartidária do tema e a efetivação dos direitos ali garantidos.
O restante do conteúdo da entrevista vejam no link a seguir:
Carta da Frente Brasileira do 3º Setor
São Paulo, 10 de dezembro de 2008
Senhor Parlamentar,
Os recentes textos normativos editados e em trâmite no Congresso Nacional criaram
instabilidade no Terceiro Setor, pois tentam atropelar primados constitucionais.
Confundem o conceito jurídico de imunidade com o de isenção.
Obrigam cisão de entidades, ferindo o direito da liberdade de associação e interferindo nas
mesmas, em flagrante desrespeito ao artigo 5º , incisos XVII e XVIII da Carta Magna.
Desconsideram a lei complementar como instrumento para regular as limitações
constitucionais ao poder de tributar, conforme impõe o art. 146, inciso II. da Constituição
Federal.
Ao centralizar decisões no Poder Executivo, ofendem as diretrizes emanadas do artigo 204
da Carta da República, que nos seus incisos objetiva a descentralização políticoadministrativa
e a participação da sociedade civil.
Ao vedar a participação paritária nas decisões, inibem o controle social.
Assim, preocupadas com a insegurança e as incertezas atuais, foi constituída a FRENTE
BRASILEIRA DO TERCEIRO SETOR, movimento apartidário formado por entidades
representativas de vários setores da sociedade que pretende fortalecer e valorizar o Terceiro
Setor, consoante consta na proposta em anexo.
Diante do acima exposto, a FRENTE BRASILEIRA DO TERCEIRO SETOR, busca o apoio dos
Representantes do Povo Brasileiro, que reconheçam os relevantes serviços prestados pelo
Terceiro Setor, segmento este que colabora efetivamente na construção de uma sociedade
livre, justa e solidária.
Frente Brasileira do Terceiro Setor
Financiamento Internacional
Financiamento internacional – Quem define a agenda?
20/10/08
*Barry Knight and Caroline Hartnell.
Quem define a agenda: o fundador ou o beneficiado? Esta pergunta é tão velha quanto o financiamento. No entanto, recentemente mudou-se a forma de discuti-la. O ímpeto, dado nas últimas rodas de discussões, se deve ao surgimento do filantrocapitalismo ou “nova” filantropia, um debate que tem sido energizado pela publicação do livro de Michael Edwards: “Simplesmente Um Imperador a Mais”.
“Quem define a agenda?” é uma pergunta retórica. Como disse Firoze Manji editor da revista “Pambazuka News”: “Somente os financiadores têm dúvidas sobre a resposta a esta pergunta”. Júlia Unwin, no “The Grantmaking Tango”, [1] mostra que as decisões dos financiadores têm papel fundamental na formação da sociedade civil.
Ela receia que os financiadores públicos possam influenciar a independência da sociedade civil e introduz um caloroso debate na Grã-Bretanha perguntando-se se empresas sem fins lucrativos deveriam trabalhar com contratos de serviços públicos. Quando o empurrão vinga, restam poucas dúvidas de que os financiadores estão na direção certa. Como depois de tudo eles pagam pelo que fazem, a decisão deles é a que conta.
Ainda não se sabe se a verdadeira questão é a tendência atual de financiamento (que não é somente uma reserva da “nova” filantropia), desviando-se cada vez mais da tomada de decisão em direção aos financiadores do Norte e mais longe dos países em desenvolvimento. Será que se as fundações já estabelecidas também estão adotando a retórica e as práticas na nova filantropia? Michael Edwards cita a Gates “supostas preocupações de virar uma Fundação Ford”, mas parece que o enfoque deles tem-se aproximado.
Em direção a uma filantropia mais estratégica
Está claro que a tendência em direção a uma filantropia mais estratégica tem estado em ascensão já por algum tempo. Esta tem sido orientada em parte pelo pensamento das fundações a respeito do impacto do seu trabalho, direcionando-se para um foco mais amplo, objetivos mais claros e programas que dependem de menor número de grandes doações.
Programas reativos às doações são cada vez em menor número apesar de notáveis exceções como a Fundação Esmee Fairbairn, uma das maiores fundações da GB, que mudou para doações reativas mais abertas a partir de Janeiro de 2008. Algumas fundações têm chegado a ser mais como “fundações operacionais” seguindo o modelo alemão onde não há doações: somente contratos.
Filantrocapitalismo é uma forma extrema de estratégia filantrópica. Esta “nova” filantropia, como descrita por Michael Edwards, tem três características principais. Primeiro, implica no gasto de largas quantidades de dinheiro derivados na sua maioria de lucros obtidos no setor financeiro e de TI nas últimas duas décadas. Segundo, se baseia na crença de que os métodos empresariais podem resolver problemas sociais uma vez que são reconhecidos por serem superiores aos outros métodos utilizados no setor público ou na sociedade civil. Terceiro, alega que estes métodos podem alcançar não só transformações sociais como também aumento à acessibilidade aos benefícios sociais e aos serviços. Edwards desafia estes dois últimos em “Simplesmente um Imperador a Mais”.
Filantrocapitalismo e Controle do Doador
Enquanto os críticos do filantrocapitalismo têm a tendência de centralizar suas queixas na inadequação para fomentar mudanças sociais de longo prazo ou justiça social, uma das conseqüências despercebidas do filantrocapitalismo é o receptor do dinheiro passar a ser um mero agente do doador e sua perspectiva no mundo pouco acrescenta: um perigo reforçado no artigo da página 36, com o relevante título: “Subempreitada ou Visionários?”.
No entanto, o tema de quem controla o que é vital na sociedade é importante porque as pessoas que estão oprimidas ou marginalizadas desejam estar no controle do seu próprio destino ao invés de serem tratadas como objetos de caridade ou peão de um grande jogo de xadrez da solução dos problemas mundiais.
Qual é a compatibilidade do controle local com o foco orientado a objetivos da filantropia “estratégica” que está virando progressivamente a norma? Não muito, de acordo com Tade Aina, Representante da Fundação Ford do Leste da África, como manifestou na reunião de Maio em Nairobi, onde ela descreveu algumas das características do que ela chama de “nova arquitetura da assistência”.
As doações tendem a chegar somente para as maiores, mais formais, melhor estruturadas instituições possuidoras de estruturas aceitáveis para o consórcio doador, embora os fundos estejam relacionados a programas ou projetos. “Eles não dão apoio a investimentos em fundações ou em propriedades de instituições locais”. Isto também significa “menos apoio flexível para assuntos definidos e adotados de forma autônoma pelas instituições locais” e eles “terão que se encaixar no planejamento nacional de desenvolvimento ou na estreita visão dos grandes doadores privados”.
Ele fala sobre o “consenso emergente de procedimentos e metodologias que predomina nas empresas e negócios liderados pelos filantrocapitalistas, onde também se agregam antigas filantropias como a Fundação Rockefeller e sua insistência em manter uma visão estreita, de alto impacto, com resultados claros e mensuráveis”.
Texto extraído site: http://www.gife.org.br/alliancebrasil/noticias.php?codigo=120
Instituições e comodato de imóveis
Programa analisa pertinência de Estatuto para o Terceiro Setor
Mensagem oriunda do site: http://www.gife.org.br
Programa analisa pertinência de Estatuto para o Terceiro Setor
20/10/08
Rodrigo Zavala
Aos moldes de estatutos como o do Idoso ou da Criança e do Adolescente, qual seria a pertinência real de um novo conjunto de leis para disciplinar as relações jurídicas do terceiro setor? A questão é o ponto inicial do trabalho realizado pelo Instituto Pro Bono, coordenado pelo professor-doutor de Direito Administrativo da USP, Gustavo Justino de Oliveira.
O projeto tem duração total de seis meses e possui dois eixos estruturantes. O primeiro, em uma pesquisa sobre o marco legal para o terceiro setor no Brasil, em comparação aos EUA e alguns países da Europa – Itália, França, Espanha, Portugal e Inglaterra. Já em segundo, a realização de seminários focais pelo Brasil para discutir o tema, unindo sociedade civil organizada, governo, setor privado e academia.
Com base nessa interlocução, o Instituto Pro Bono e o representante da USP esperam criar uma minuta de anteprojeto de lei (isto é, as diretrizes básicas do projeto definitivo de uma lei) para análise do Ministério da Justiça. “Angariamos informações, dados e depoimentos com representantes de entidades pertencentes ao terceiro setor, representantes do Poder Público e a sociedade civil sobre a relevância do setor e a necessidade de sua regulação. Trata-se de um trabalho científico, cuja adoção dependerá exclusivamente do Ministério”, explica Oliveira.
Contexto da Ação
Todo o trabalho de Gustavo Oliveira e do Instituto Pro Bono, no entanto, faz parte de um programa maior, liderado pela Secretaria de Assuntos Legislativos (SAL), órgão do Ministério da Justiça, e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), chamado “Pensando o Direito”. A iniciativa tem como objetivo estreitar os laços com a academia e qualificar a Secretaria em seu trabalho de elaboração normativa.
Iniciado em 2007, o “Pensando o Direito” já realizou pesquisas em nove áreas temáticas: Direito Ambiental, Direito do Consumidor, Direitos Humanos, Direito Urbanístico, Federalismo, Observatório do Judiciário, Penas Alternativas, Propriedade Intelectual, Reforma Política e Direito Eleitoral. Basicamente, a idéia era a de que uma universidade propusesse um projeto de pesquisa sobre determinada temática e depois apresentasse um relatório ao SAL.
“Essas áreas foram consideradas importantes para o Ministério. São temas complexos mesmo nos debates acadêmicos, que podem demorar anos para chegar a consensos. Se nas universidades é assim, imagina do dia-a-dia da secretaria?”, acredita Rafael Alves, da Secretaria de Assuntos Legislativos.
Segundo ele, o êxito da experiência motivou o lançamento de uma nova edição da iniciativa, no início de 2008, realizada em duas etapas. A primeira teve como foco os eixos de Direito Penal e Processual Penal e de Direito Constitucional e Eleitoral. Já a segunda inclui oito áreas temáticas em diversos campos do Direito: Conselho Tutelar, Vítimas de Violência, Conflitos Coletivos sobre a Posse e a Propriedade de Bens Imóveis, Sucessão – Companheiros e Cônjuges, Grupos de Interesse (lobby), Estatuto dos Povos Indígenas, Estado Democrático de Direito e Terceiro Setor, Igualdade de Direitos entre Mulheres e Homens.
“O financiamento desses projetos tem como fim o estímulo à pesquisa jurídica no país. E, nessa questão, as faculdades estão muito isoladas, seja com a sociedade civil organizada, governos ou empresas”, argumenta Alves.
Conceituação
Uma das primeiras ações para o trabalho do Instituto Pro Bono e a USP, após serem selecionados para participar com o projeto “Estatuto Jurídico do Terceiro Setor – pertinência, conteúdo e possibilidades de configuração normativa”, foi a de realizar um encontro em São Paulo, em parceria com o Centro Acadêmico “XI de Agôsto”, da Faculdade de Direito da USP.
Na ocasião, participaram cerca de 60 lideranças de entidades sociais, representantes do poder público e estudiosos da academia, para dar as impressões iniciais sobre a necessidade de um estatuto. A primeira questão a que se chegou nas palestras foi a da indefinição sobre o termo: o que afinal é terceiro setor?
“Não temos uma definição jurídica sobre o termo. Há poucos estudos em direito sobre isso. Definir o que é terceiro setor é o primeiro passo para desburocratizá-lo”, exclamou a presidente da Comissão de Direito do Terceiro Setor da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São Paulo, Lucia Maria Bludeni Cunha.
Para o coordenador do Centro de Estudos do Terceiro Setor da Escola da Administração de Empresas (Eaesp), Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, Luiz Carlos Merege, a metodologia elabroada pelo Centro de Estudos da Sociedade Civil da Universidade Johns Hopkins, em 2002, não é mais o suficiente.
Apesar dessa lógica conceitual basear o Manual sobre Organizações Não Lucrativas do Sistema de Contas Nacionais da Organização das Nações Unidas – que passou a ser um referencial para as pesquisas que desde então são realizadas sobre o terceiro setor -, segundo Merege, ela não abarca a heterogeneidade das práticas pelo bem comum.
“Há uma série de iniciativas promovidas por organizações informais, que não estão no bojo de associações, fundações, entidades etc, que fazem parte da lista que compõe o terceiro setor registrada pela ONU”, argumenta.
A presidente da Associação Paulista de Fundações, Dora Silvia Bueno, também apresentou considerações contundentes sobre o tema. “Se a definição de terceiro setor se afirma no seu objetivo, que é a defesa dos direitos sociais, é preciso rever porque condomínios e clubes esportivos, organizações de origem privada, usufruem dos mesmos benefícios que algumas entidades de assistência”, questionou, evidenciando certa confusão jurídica sobre o setor no Brasil.
Insegurança Jurídica
Uma das conclusões mais unânimes do evento é que o Brasil possui uma legislação para o terceiro setor fragmentada, contraditória e conflituosa. A situação torna-se ainda mais negativa quando analisada a conturbada relação entre sociedade civil organizada e governo, que trabalha, muitas vezes, de forma ambivalente, ora concedendo imunidades e isenções, ora cancelando-as de forma arbitrária.
Um dos exemplos mais vistosos sobre o assunto pode ser encontrado no Art. 62 do Código Civil, que legisla sobre a criação de uma fundação, especificando o fim a que se destina. Em parágrafo único, legitima: “a fundação somente poderá constituir-se para fins religiosos, morais, culturais ou de assistência”.
O questionamento dessa legislação é simples: se uma fundação atua para a educação, saúde ou meio ambiente, em que fim ela se identifica. Para os convidados do encontro em São Paulo, essa é apenas umas das pérolas de conflitos, porque, as organizações de educação, saúde ou meio ambiente se registram na área cinzenta dos fins “morais”.
Essa conceituação, no entanto, está a cargo do Ministério Público, que, na pessoa do Curador de Fundações, pode interpretar de forma diferente essa situação. O que, no fim, impede o trabalho da Fundação por uma tecnicalidade.
Para Márcia Pelegrini, membro do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, a instabilidade jurídica é para todos. “O controle que é feito traz insegurança não apenas para a entidade, mas para quem faz o controle”, lembrou. Ela afirma que os técnicos do Ministério Público, ou mesmo do Tribunal de Contas, passam por dificuldades na hora de analisar a situação de organizações sociais, graças às rotineiras mudanças nas regras.
Márcia defende, por exemplo, a consolidação do marco legal do terceiro setor, que sistematizaria a legislação existente. “Quando se fala em instrução, decreto ou portaria, é sempre traumático para ambos os lados (organizações sociais e técnicos da administração pública)”, criticou.
Dados
Para entender o peso do setor, é preciso analisar seus números. Entre 2002 e 2006, o número de fundações privadas e associações sem fins lucrativos cresceu 22,6%, passando de 276 mil para 338 mil. Comparativamente, o número é tímido em relação ao período de 1996 e 2002, quando o crescimento dessas organizações sociais foi de 157% (105 mil para 276 mil).
Os dados são da segunda edição da pesquisa As Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos no Brasil (Fasfil). O levantamento foi realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em parceria com o GIFE e a Associação Brasileira de Organizações Não-Governamentais (Abong).
Os dados utilizados são do Cadastro Central de Empresas (Cempre) do IBGE para o ano de 2005, que cobre o universo das organizações inscritas no CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica). O ponto de partida do processo foi selecionar, no Cempre, as entidades qualificadas como sem fins lucrativos.
Resultados
Embora as conclusões do encontro em São Paulo tenham tendido para a não criação de um Estatuto Jurídico para o Terceiro Setor, ficou clara a necessidade de mudanças no marco legal. Há, assim, uma prerrogativa pelo aperfeiçoamento e consolidação das leis já existentes.
O Instituto Pro Bono espera apresentar a proposta à Secretaria de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, em abril de 2009. “Privilegiaremos a participação por meio dessas consultas públicas nos próximos seis meses (cinco meses)”, garante Marcos Roberto Fuchs, presidente do instituto.
ATITUDE É TUDO
Atitude é Tudo
Jerry era um tipo de pessoa que você iria adorar.
Ele sempre estava de alto astral e sempre tinha algo positivo
para dizer. Quando alguém perguntava a ele “Como vai
você?”, ele respondia: “Melhor que isso, só dois disso!”. Ele
era o único gerente de uma cadeia de restaurantes, porque todos
os garçons seguiam seu exemplo. A razão dos garçons seguirem
Jerry era por causa de suas atitudes. Ele era naturalmente motivador.
Se algum empregado estivesse tendo um mau dia, Jerry prontamente estava lá, contando ao empregado como olhar pelo lado positivo da situação… Observandos eu estilo, realmente me deixava curioso, então um dia eu
Perguntei para Jerry “Eu não acredito!! Você não pode ser uma
pessoa positiva o tempo todo… Como você consegue?”. E ele
respondeu: “Toda manhã eu acordo e digo a mim mesmo: Jerry você tem duas escolhas hoje: escolher estar de alto astral ou escolher estar de baixo astral… Então eu escolho estar de alto astral. A todo momento acontece alguma
coisa desagradável, eu posso escolher ser vitima da situação ou
posso escolher aprender algo com isso. Eu escolho aprender
algo com isso! Todo momento alguém vem reclamar da vida comigo,
eu posso escolher aceitar a reclamação, ou posso escolher
apontar o lado positivo da vida para a pessoa.. Eu escolho
apontar o lado positivo da vida.” Então eu argumentei: “Tá
certo!! Mas não é tão fácil assim!!” “É fácil sim” Jerry
disse… “A vida consiste em escolhas. Quando você tira todos os
detalhes e enxuga a situação, o que sobra são escolhas, decisões
a serem tomadas. Você escolhe como reagir as situações. Você
escolhe como as pessoas irão afetar no seu astral. Você escolhe
estar feliz ou triste, calmo ou nervoso… Em suma: É
escolha sua como você vive sua vida!”.. Eu refleti no que Jerry
disse. Algum tempo depois eu deixei o restaurante para abrir meu
próprio negocio. Nos perdemos contato, mas freqüentemente eu
pensava nele quando eu tomava a decisão de viver ao invés de
ficar reagindo as coisas. Alguns anos mais tarde, eu ouvi
dizer que Jerry havia feito algo que nunca se deve fazer quando
se trata de restaurantes: ele deixou a porta dos fundos aberta
e, conseqüentemente, foi rendido por 3 assaltantes armados.
Enquanto ele tentava abrir o cofre, sua mão, tremendo de
nervoso, errou a combinação do cofre. Os ladrões entraram em
pânico, atiraram nele e fugiram. Por sorte, Jerry foi
encontrado relativamente rápido e foi levado as pressas ao
pronto-socorro local. Depois de 18 horas de cirurgia e
algumas semanas de tratamento intensivo, Jerry foi liberado do
hospital com alguns fragmentos de balas ainda em seu corpo.
Encontrei com Jerry 6 meses depois do acidente.. Quando eu
perguntei: “Como vai você?” ele respondeu:
“Melhor que isso, só dois disso!! Quer ver minhas cicatrizes?”
Enquanto eu olhava as cicatrizes, eu perguntei o que passou pela
mente dele quando os ladrões invadiram o restaurante. “A
primeira coisa que veio a minha cabeça foi que eu deveria ter
trancado a porta dos fundos…” ele respondeu. “Então, depois
quando eu estava baleado no chão, eu lembrei que eu tinha duas
escolhas: eu podia escolher viver ou podia escolher morrer. Eu
escolhi viver”. Eu perguntei: “Você não ficou com medo ? Você
não perdeu os sentidos?” Jerry continuou: “Os
paramédicos eram ótimos. Eles ficaram o tempo todo me dizendo
que tudo ia dar certo, que tudo ia ficar bem. Mas, quando eles
me levaram de maca para a sala de emergência e eu vi as
expressões no rosto dos médicos e enfermeiras , eu fiquei
com medo. Nos seus olhos eu lia: ‘Ele é um homem morto’. Eu
sabia que tinha que fazer alguma coisa.” “O que você fez?” eu
perguntei. “Bem, havia uma enfermeira grande e forte me fazendo
perguntas… Ela perguntou se eu era alérgico a alguma
coisa… ‘Sim’, eu respondi… Os médicos e enfermeiras pararam
imediatamente esperando por minha resposta… eu respirei fundo
e respondi:
‘Balas!’ Enquanto eles riam, eu disse: ‘Eu estou escolhendo
viver. Me operem como se estivesse vivo, não morto.” Jerry
sobreviveu graças a experiência e habilidade dos médicos, mas
também por causa de sua atitude espetacular. Eu
aprendi com ele que todos os dias temos que escolher viver a
vida em sua plenitude, viver por completo.
Atitude, entretanto, é tudo…
Voluntários On-Line
Voluntários On-Line
Voluntariado On-line ou Voluntariado Sem Sair de casa é uma modalidade de voluntariado realizada total ou em parte via internet, sem a necessidade de estar presencialmente na organização para a qual se trabalha. Através do voluntariado on-line é possível quebrar as barreiras relacionadas à distância e disponibilidade de horário já que o voluntário realizará seu trabalho a partir de sua casa ou seu local de trabalho.
Prática bastante difundida em outros países, o voluntariado on line está sendo sistematizado no Brasil através do Portal Voluntários On Line do IVA pois muita gente já vem colaborando com organizações dessa forma e muitos outros poderão fazê-lo também.
O programa de Voluntariado da ONU possui um Portal que oferece apenas oportunidades on line e que já atua desde 2000 o http://www.onlinevolunteering.org/ .
Esse Portal realiza anualmente uma premiação a voluntários on line exemplares e já tivemos inclusive uma brasileira premiada conforme pode ser visto AQUI
O Voluntariado On-line é uma atividade que requer responsabilidades idênticas ao voluntariado presencial pois assumimos o compromisso de realizar uma determinada tarefa, num tempo determinado e devemos realizá-la conforme planejado e comprometido com a organização.
Muitas são as atividades que podem ser executadas dessa forma, e estão disponíveis para você no Portal Voluntários On-line.
Se quiser mais informações, conheça o Manual de Voluntariado On-line no site do IVA e se quiser conhecer outros portais que difundem o voluntariado on line clique AQUI


